Em geral a saúde de um indivíduo pode ser afectada pelo ambiente social de uma pessoa. Pessoas mais isoladas poderão vir a sofrer maiores causas de mortalidade, maiores taxas de cancros e de doenças cardíacas. Mas falta descobrir se estas consequências na saúde resultam dos recursos sociais reduzidos dessas pessoas ou se do impacto biológico do isolamento social.
A Escola de Medicina da Universidade da Califórnia (Los Angeles) divulgou um estudo onde mostra que um facto de risco social pode produzir uma alteração na actividade molecular dos genes e levar a um maior risco de doenças.
Nesse estudo foram utilizadas sequências de DNA "para vigiar a actividade de todos os genes humanos conhecidos nos glóbulos brancos de um indivíduo, 6 dos quais estavam no topo de uma escala de solidão e os restantes colocados em níveis inferiores." Os investigadores descobriram que 209 proteínas de genes eram expressas de forma diferente nos 2 grupos, 78 eram exageradamente expressas e 131 eram sub- expressas.
"Parece que nos indivíduos com solidão crónica os genes são remodelados", disse Steve Cole (autor principal do estudo). E que as diferenças verificadas "eram independentes dos outros factores de risco para doenças inflamatórias, como o estado da saúde, peso e uso de medicamentos, dos indivíduos estudados.
Ainda refere que "o que conta, ao nível da expressão do gene, não é quantas pessoas se conhecem, mas de quantas nos sentimos realmente próximas nos tempos livres. Muito dos genes que estavam sub-expressos estavam relacionados com as respostas anti- virais do corpo."
Síntese da notícia publicada no site:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=23264&op=all
Esta notícia chamou-me logo à atenção pelo facto de a "própria solidão" estar ligada à genética, e contribuir para aumentar os riscos de doenças. Existe muita "coisa" ligada à genética e que nós desconhecemos. É sempre bom sabermos mais!!!