quinta-feira, 15 de novembro de 2007

"Em busca do cromossoma Y"

Em 1989 um grupo de investigadores que trabalhava no diagnóstico pré- natal demonstrou ser possível isolar no sangue materno células do feto. Mas o método acabou por ser pouco utilizado pela sua complexidade dos procedimentos para essa separação. Contudo os cientistas continuaram a pesquisar novas técnicas para o rastreio e diagnóstico pré-natal. Passado alguns anos estes cientistas demonstraram (em 1997) que além das células, o DNA do feto passa para o sangue da mãe através da placenta, o que tem melhorado a medicina fetal pois apesar de ser pouco o sangue do feto que circula no sangue materno este pode ser isolado, processado e estudado através de uma técnica de biologia molecular simples a partir das oito semanas de getação. Mas é preciso ter em atenção, como explicou um biólogo, que não se consegue separar o DNA fetal do DNA materno assim estuda-se "uma característica em que seguramente o bebé e a mãe são geneticamente diferentes no caso de o feto ser masculino" e desta forma pesquisa-se a presença do cromossoma Y." Ausência deste cromossoma significa que o bebé é menina (XX). "
Síntese do artigo: "Em busca do cromossoma Y" da revista Notícias Magazine" da edição de 2 de Julho de 2006
Este artigo fala-nos em mais uma maneira para "descobrir" o sexo do feto. Segue talvez o mesmo procedimento do teste de análise ao sangue da mãe mas "concentra-se" na pesquisa do cromossoma Y, pois se este tiver presente o sexo do feto é masculino caso esteja ausente o feto será feminino. É uma técnica bastante evolutiva para a medicina (no meu ponto de vista) uma vez que se pode analisar o DNA do bebé (descobrindo o seu sexo) ainda que este se encontre dentro da "barriga" da mãe.

"Menino ou menina?"

Esta é a "célebre" pergunta que todos os casais fazem quando sabem que vão ser pais e à qual se pode responder através de uma simples análise ao sangue às oito semanas de gravidez.
Além de permitir saber o sexo do bebe este teste permite também identificar algumas anomalias e malformações genéticas assim como doenças hereditárias (associadas aos cromossomas) e doenças como a trissomia 21, fibrose quistica, a espinha bífida, a doença de Huntington,entre outras, na área do diagnóstico pré- natal, tendo a mesma fiabilidade e rigor da amniocentese (esta pode comportar alguns riscos para a grávida e para o feto).
A resposta a "menino ou menina" pode tranquilizar as grávidas portadoras de anomalias genéticas que provocam a hemofilia (afecta os homens mas é herdada da mãe) se souberem que vão ter uma menina. Uma outra vantagem desta tecnologia é diagnosticar a hiperplasia congénita da supra- renal, que afecta as mulheres e cujo tratamento é ainda durante a vida intra- uterina.
Há ainda a "esperança" pela parte dos responsáveis do Genelab (um laboratório especializado em diagnósticos moleculares) que esta tecnologia irá permitir o "diagnóstico de uma eventual incompatibilidade de Rh entre o sangue da mãe e o sangue do feto". Isto acontece se por exemplo a mãe tiver Rh negativo e o feto Rh positivo (herdado do pai). Desta incompatibilidade resulta a doença hemolítica do feto. Espécie de anemia provocada pelos anticorpos anti-Rh produzidos pela mãe. Assim, este comportamento pode ser contrariado pela administração de uma imunoglobina específica que, por prevenção, é injectada às grávidas Rh negativas (a incompatibilidade entre o Rh do sangue da mãe e do feto ocorre em 50 por cento dos casos).
Pensa-se cada vez mais divulgar este teste junto da comunidade médica, em especial obstetras e geneticistas, para se poder oferecer um novo meio de diagnóstico pré-natal em benefício das grávidas, pois ao contrário da amniocentese é efectuado numa fase muito inicial da gravidez não trazendo nenhum risco.
Por último ainda é dito que o índice de fiabilidade deste teste é de 99,99 por cento sendo a análise de sangue feita com oito ou mais semanas de gravidez. Este valor foi obtido por uma pesquisa em 212 mulheres grávidas com diferentes idades gestacionais, em que foram informadas sobre o sexo dos seus fetos. Os resultados foram confirmados em 209 mulheres. Uma explicação para os outros 3 valores tenham sido errados é que essas grávidas se submeteram ao teste com menos de oito semanas de gravidez.
Síntese do artigo:"Menino ou menina?" da revista Notícias Magazine, na edição de 2 de Julho de 2006
Como temos estado a falar da reprodução e do desenvolvimento embrionário encontrei este artigo numa revista em casa ( com algum tempo é verdade) mas achei um artigo interessante (na minha opinião) pois realmente esta questão é feita por muitos casais quando sabem que vão ser pais. E através de uma simples análise ao sangue os pais pode ser prevenidos de alguma doença que o feto apresente e até pode ser "tratada" através de um tratamento (se for possível, claro). E não trazendo riscos tanto para a mãe e para o feto, porque não "satisfazer" a curiosidade dos pais?