segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O sono e a genética

"Ser dorminhoco está nos genes! Variações nos genes controladores do nosso relógio biológico" podem influenciar na hora em que preferirmos acordar.
Um estudo publicado no jornal BMC Neuroscience afirma que estes genes "influenciam o processo reparador do sono e podem conduzir à necessidade de dormir durante o tempo em que devríamos estar acordados."
Descobriu-seque estes genes além de controlarem as 24 horas do nosso relógio biológico, influenciam o tempo do nosso sono, sendo fundamentais para o processo reparador do sono.
"Ainda não sabemos concretamente por é que beneficiamos com o sono, nem por que é que nos sentimos cansados quando temos falta de dormir, mas parece provável que o sono ajuda alguma função básica do cérebro, como a restauração de energia das células ou a consolidação da memória. Descobrimos que a expressão dos genes que controlam no cérebro o nosso ritmo circadiano" (período aproximadamente de um dia) "está altamente relacionada com a acumulação de sono em dívida, enquanto descobertas anteriores já tinham ligado esses genes ao metabolismo energético.", afirma Bruce O' Hara, da Universidade de Kentucky, dos EUA. Acrescenta ainda que estas descobertas juntas "apoiam a ideia de que uma função do sono está relacionada com o metabolismo energético".
Noutro estudo realizado com três ratinhos de estripes puras, mas com diferentes marcadores genéticos, foram privados de sono durante um dia e recuperando esse tempo de sono mais tarde. Os investigadores examinaram as alterações provocadas na expressão dos genes do "relógio" biológico. Ou seja, a expressão dos genes aumentava quando os ratinhos estavam acordados e diminuía quando estes dormiam. Pode-se então concluir que estes genes desempenham um papel importante na regulação da necessidade de dormir, sendo o sono uma função global do cérebro.
Ficou demonstrado neste estudo que as variações nos genes "reguladores do nosso relógio biológico" influenciam não só a hora a que preferirmos acordar, como também a vontade de dormir, a duração do sono e o desempenho de um homem ao longo do dia, após ter dormido mais ou menos.


Síntese de um artigo publicado no site:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=24148&op=all

E cá está mais um exemplo de uma característica do nosso ser que é determinada pelos genes!!!
Sempre gostei de estudar biologia para saber como o nosso corpo funciona e este assunto do património genético "chamou-me" logo à atenção, não só pelas características herdadas dos nossos progenitores mas também pelas mutações que ocorrem, um simples erro genético pode dar origem à nossa diferença.

1 comentário:

Joana Carvalho disse...

Achei este assunto muito interessante (estou a falar do sono).
Já sabemos que tudo aquilo que somos está relacionado com o nosso material genético e com o ambiente que nos rodeia. São coisas tão comuns no nosso dia-a-dia, que nem nos lembramos que cada um destes pormenores tem um funcionamento específico. Eu sou muito dorminhoca e já tinha chegado à conclusão que tinha herdado esta característica dos meus pais, porque na minha casa somos todos dorminhocos. Acho que tanto eu como o meu irmão devemos ser "dorminhocos em homozigotia".
Mudando de assunto, coitadinhos dos ratinhos. São sempre as vítimas.